segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Olá Blog! Tive saudades tuas…

Na minha cabeça há cerca de 3 semanas
Rag'n'Bone Man - Human 

Olá Blog! Tive saudades tuas… 3 meses sem escrever, 3 meses sem fazer vídeos. Desculpa, mas não consegui mesmo, mas estou entusiasmadíssima por estar de volta!

Andei à procura de casa

Decidi procurar casa com o meu namorado. Todos os dias e em todos os intervalos andei a ver casas online e depois visitei algumas. Todo o processo foi basicamente eu a obcecar-me por completo nisto, definir um orçamento máximo de renda, tendo em conta que não quereria nunca perder o estilo de vida, ou seja, ter finalmente a minha independência, mas estar à vontade, e poder continuar a fazer a minha vida, continuar a viver…

Lembro-me quando estava na sala a ver casas e sentia que sempre que aparecesse o meu pai e a minha mãe, tinha que esconder. Sabia que não seria fácil para eles (nem para mim). A bebé deles está a ficar grande, e de repente passaram-se 24 anos e já não era bebé de idade, mas ainda era a bebé deles.

Decidi aplicar uma estratégia:

Pai, sabes que a V e o D já andam à procura de casa? Já andam há 5 anos, até acho que faz todo o sentido…

Portanto, fui “aquecendo”, claro que o meu pai ficava sempre calado, mas acredito que tenha começado a pensar que se eu estou há dois anos com o meu namorado, e com 24 anos, se calhar era uma realidade que estava mais próxima do que ele pensava. Quando disse à minha mãe que andava à procura de casa, foi como se lhe tivesse dado uma coisa qualquer, entrou em transe, foi um “abre-olhos”. No dia seguinte, já estava entusiasmada.

Encontrámos o nosso palácio!


Portanto, se eu quiser ser pirosa, eu posso dizer que um palácio tem que ter um príncipe e uma princesa, ou parece estranho?!
Instagram: @patriciaalndim

Gosto de dizer que a minha casa é um palácio, porque tem paredes altas e tem 100 anos, é a típica casa lisboeta, mas em vez de ser no centro, é um achado nos arredores.

No dia 5 de outubro, aniversário da mãe do meu namorado, fui almoçar com eles e o resto da família. À tarde, fomos ter com uns amigos dos pais dele para dar seguimento às festividades. Comentou-se em conversa que nós estávamos a ver casas, e não é que um dos amigos tinha uma casa para arrendar?! Foi tudo tão rápido… Nesse mesmo dia, ao final da tarde, fomos ver a casa:

Mor, é esta!

Saímos de lá a dizer que entraríamos no final do ano, seria o tempo de nos habituarmos à ideia, de os nossos pais se habituarem à ideia e também de comprar coisas para a casa.­­­

No final do dia, apetecia-me vomitar. As pessoas acham sempre estranho quando digo que quando soube que de facto tinha encontrado a casa para mim me apeteceu vomitar. Depois da realidade assentar, o entusiasmo acalmar, senti-me mal, porque sei que é uma fase completamente nova na minha vida, irei sair da minha casa (casa dos meus pais) onde cresci, onde tantas histórias vivi, vou sair de perto dos meus pais… Amo tanto os meus pais, são as pessoas mais inspiradoras da minha vida, e sei que tal como eles são o meu apoio, e a minha inspiração, eu sou a deles, então é uma mudança difícil de digerir, foi mesmo preciso algum tempo de adaptação.

Agora está tudo mais calmo, e estou super entusiasmada com esta nova fase da minha vida!

Dinheiro, precisa-se!

Pois bem, ter uma nova casa não é só um investimento emocional, mas é também um investimento monetário muito grande. A nossa casa não vinha equipada com electrodomésticos, então tivemos que comprar mesmo muita coisa.

Não tive uma decisão precipitada ao decidir que sairia de casa, ponderei os meus rendimentos, os meus gastos, tudo, mas é sempre preciso ter um investimento inicial maior:

Renda e caução, frigorífico, fogão, esquentador, cama, colchão, sofá, máquina de lavar roupa, mesa, cadeiras, almofadas, etc. ...

Fiz um excel com tudo o que precisava de comprar, com a ordem de prioridade, e assim que tivesse um determinado conjunto de coisas, a casa já estaria habitável. Então decidi, e até já andava a pensar nisso há algum tempo, arranjar um trabalho a part time temporário, apenas para ter um dinheiro extra, juntamente com o meu namorado coordenamos muito bem as coisas, e neste momento a casa está completamente habitável.

Fiquei sem tempo, trabalhei todos os dias, de segunda a sexta no meu Dream Job, e sábados e domingos numa loja de atendimento ao público.

Querido blog, foi só por isso que me ausentei. Ainda adoro escrever, apenas não consegui.

Já tinha algumas saudades de trabalhar no atendimento ao público.

Desde os 17 anos, e ao longo da faculdade trabalhei sempre em lojas de atendimento ao público, quando comecei a trabalhar na minha área, o meu público são os clientes da empresa (que não é bem a mesma coisa).

Mas no atendimento ao público há uma coisa que gosto muito, mediante a disposição dos clientes, é sempre bom falar com pessoas que não conhecemos de lado nenhum, mesmo que seja por breves minutos, mas há sempre alguma coisa que podemos retirar de positivo. Seja pela conversa que pode levar à aquisição de algum conhecimento novo, seja por roubares um sorriso a alguém que estava carrancudo, seja pelo cliente habitual que é sempre extremamente simpático e de vez em quando oferece rebuçados ou chocolates, enfim, são n coisas.

Digo muitas vezes, e de forma alguma isto deverá ser considerado uma ofensa, mas os meus clientes preferidos são os velhos (talvez mesmo fora da categoria de clientes, mas na sociedade, eu adoro velhos). Nos velhos, eu vejo tanta sabedoria, vejo alguém é ponderado, alguém que já vive há mais tempo do que eu e por isso, é alguém mais sábio do que eu... Sinto-me sempre bem, quando os velhos são simpáticos comigo, se estou cansada, e a minha cara de alguma forma reflete isso, são os primeiros a dizer “Bom dia menina!” com um sorriso enternecedor, como se fossem meus avós (até parece estranho estar a chamar avós a estes velhos com quem lidei, na maioria das vezes, 1 vez)... São muitas vezes os primeiros clientes, acordam cedo e não fazem compras de carrinhos gigantes sozinhos, alguns, gostam mesmo de ir apenas passear, e conversar com quem o atende.

Entretanto, fiz um quarto de século! Iei a mim!

A minha cara de parva quando vi um bolo com 25 velas = 25 desejos por baixo da mesa.
Instagram: @patriaalandim

Quem me conhece já sabe como eu gosto de fazer anos, é um dos meus dias preferidos do ano. Acho que já escrevi sobre isto no ano passado, mas é de facto um dia em que as pessoas têm uma "desculpa" para dizer ao aniversariante porquê que gostam dele, porquê que o valorizam, o que é que o aniversariante tem de especial para merecer o seu apreço naquele dia…

Eu adoro celebrar as pessoas, e fazer as pessoas de quem gosto sentirem-se acarinhadas e especiais, porque acredito que de facto o são, como tal, eu também gosto sempre de me sentir acarinhada pelos meus.

Saber que fazia anos num domingo, saber que já no ano passado não consegui passar o meu aniversário junto dos meus mais próximos, saber que nos meus 25 anos ia ter que trabalhar e mais uma vez, não conseguir estar junto dos meus mais próximos, estava a deixar-me avariada.

Afinal de contas, eu não precisava desesperadamente deste trabalho, foi uma escolha minha, para ter mais dinheiro, mais rápido, para mais rapidamente ter a casa em condições… Quando eu me inscrevi sabia bem que o mais provável seria eu trabalhar neste dia, mas andei tão stressada, tão cansada, que só me apetecia chorar.

Os meus mais próximos sabem o que foi esta altura para mim, uma choradeira de um lado para o outro. Agora recordar este momento de há não muito tempo atrás (mais concretamente há menos de 3 semanas) atrás dá-me vontade de rir.

Mas imaginem, estava a trabalhar todos os dias, entretanto, e num outro dia, o meu telemóvel cai ao chão e estraga-se (isto parece pequeno, mas pessoal, imaginem ficar sem o smartphone assim, do dia para a noite, NOS DIAS DE HOJEEEEE), e depois ainda tenho que trabalhar num dos dias mais importantes, para mim, do ano. Bem, chorei muito, mas sou suspeita, porque sou incrivelmente sensível, e o cansaço estava a dar cabo de mim.

No dia dos meus anos, recusei-me a estar triste, fui trabalhar, atendi os clientes sempre bem-disposta, consegui alterar o meu horário, para ao menos fazer um jantar, e calhou bem, foi o primeiro jantar na minha nova casa, foi um jantar inesquecível.

Gosto sempre de pensar, como me sinto com a nova idade, os 25 era algo que eu “temia” digamos assim, há algum tempo, a melhor forma de descrever é que eu sinto que sou uma criança, a brincar aos adultos.

Ainda me sinto pequenina (demais) para ter 25 anos, não porque ache que é uma idade velha, apenas porque quando era mais nova e via adultos de 25 anos, achava mesmo que eram “graaaaaaaaaaaaaandes adultos”, mas agora euzinha tenho 25 anos e sou uma criança a brincar aos adultos, a começar uma nova fase da sua vida, a ganhar responsabilidades e enfrentar desafios no trabalho, mais inteligente, mais sensata, a iniciar a sua vida verdadeiramente independente (sendo que é uma vida a 2)…

É uma brincadeira já para gente adulta han?

Acreditem ou não, um dos administradores da empresa perguntou-me:

Então Patrícia, diga lá como se sente agora com 25 anos.

E eu ri-me e respondi como podia expressar melhor:

Olhe, sinto que sou uma criança a brincar aos adultos.

Entretanto riu-se e fomos interrompidos, mas mais tarde, recuperámos essa conversa, e do administrador disse-me:

Não deixe de ser como é.

Portanto é isso, serei criança para sempre! Esta é a minha escolha.

Agora estou de volta!

Bora lá começar o ano em grande, começar ontem a trabalhar nos nossos sonhos!
Instagram: @patriciaalandim

Eu sabia que este post seria extenso, afinal de contas foram 3 meses sem escrever e muita coisa para te atualizar a ti blog e também a todos que me seguem. Estou a escrever no word e já vou na 4.ª página, acho que é um sinal…

Já acabou o outro trabalho temporário, e estou novamente pronta para estar aqui, a divertir-me escrevendo, gravando vlogs, lendo-te a ti (se és um/a dos/as blogers que sigo ou um comentador deste post), mas acima de tudo, vivendo!

Para este ano só posso desejar o melhor para todos vocês!

Estarei de volta muito brevemente ao YouTube, por isso acompanhem-me de perto!

Feliz ano novo e sejam FELIZES!

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